apenas o mundo, real
não quero um mundo de metaversos e nem de NFTs.
quero apenas o mundo, normal.
infelizmente, o normal já não dá.
queria mais verde e mais cor,
mais carinho e mais abraços.
tá tudo se desencorpando,
se desconcretizando,
a gente mesmo tá assim,
a natureza tá assim.
eu cresci nos anos 90 do século 20.
as professoras diziam pra gente cuidar da natureza.
hoje em dia, parece que a pauta não está mais na mesa...
parece que quem pensa nisso é um bando de malucos,
porque a galera só quer pensar no próximo post,
na próxima publi,
no consumo do novo celular e do novo carro,
da casa instagramável,
tudo novo, coisas novas,
sem lembrar que pra produzir todas elas,
estamos desgastando mais o mundo.
e além dessas coisas novas, objetos que tocamos,
estamos nos desconfigurando pra dentro das telas.
eu não quero abrir minha caixa de emails e ver a marca de calcinhas sustentáveis dizer que criou um NFT para o metaverso feminino.
cadê, eu preferia ouvir falar de plantar a lua,
mesmo depois de achar que já tava chato,
que tava haribô demais, confuso demais, mistura demais entre o "natural", o "sagrado feminino" e o "moderno",
mas podíamos ajeitar, ajustar,
não quero, não quero o metaverso, eu quero o mundo normal.
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