bib-[elô?]
Eu quis fazer um bibelô do nosso amor
Feito de palavras, histórias e esperanças.
Para não deixar se perder na memória
A história vivida e infligida
No coração de quem amou e ama.
É uma casinha no campo
Um canto bem cuidado
Entre a bagunça e o acalanto
Entre o estrago e o reformado.
Um espaço de verde,
Esperança vã
E vamos
Em frente
Vermos nus sem nós.
Esse cantinho é montado com palavras e cores de vida
Passada e presente
Passado que é mais presente que o presente
E por isso adoece
A mente de quem se arrepende
Do que não foi capaz de curar
Do que não transcendeu no limite.
Amizade
Amor
Esperança
Palavras que ressoam
E às vezes nada somam
No coração de quem já não crê.
Eu sinto muito
Nos dois sentidos que isso nutre.
Mas o bibelô há de se transformar
De dor em casa de sorrir
De gravidade a leveza
Da certeza
De que a vida vivida
Mesmo que finda
Está cravada
Na história do que já passou.
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